Curiosidades sobre discos SSD

Geralmente as unidades Solid State Drive (SSD) são chamadas discos SSD ou discos sólidos. No entanto, em termos técnicos, esta designação está errada, uma vez que os SSD não incluem qualquer disco no seu interior. E ai está a grande diferença entre o SSD e o disco rígido, ou seja, no SSD tudo é digital, não inclui nenhum componente móvel pois são constituidos (os mais comuns) por chips de memória tipo flash (o mesmo tipo de memória que se utiliza nos cartões de memória ou nas pens USB). A grande vantagem da memória flash é ser não volátil, ou seja não precisa de energia para manter os dados. Já os discos rígidos tradicionais tem um método de funcionamento muito diferente pois são constituidos por pratos cuja superficie é constituida por partículas magnéticas. Estas partículas são organizadas pelas cabeças de gravação de modo a criar os bits. Estas cabeças têm, também, capacidade de leitura e percorrem os pratos enquanto estas rodam. O grande numero de elementos mecânicos diminui a fiabilidade dos discos e é geralmente a principal origem de avarias.

A ausência de partes móveis e de partículas magnéticas sensiveis torna os SSD bem mais fiaveis do que os discos rígidos tradicionais. Por outro lado os SSD consomem menos energia do que um disco rígido tradicional. Todavia, há quem defenda que a melhor caracteristica dos SSD é o tempo de acesso, muitas vezes esquecido quando se fala de uma unidade de armazenamento. Enquanto que nos discos tradicionais as cabeças de leitura têm de se mover sobre a superficie dos pratos até encontrar os dados para ler ou espaço livre para gravar( o que leva o seu tempo: +-5ms), nas unidades SSD, mesmo nas mais lentas, o tempo de acesso é muito proximo de 0, ou seja os comandos de leitura e gravação são executados quase instantaneamente.

As SSD são, de facto, as unidades de armazenamento do futuro, mas ainda não são para todos. Têm vantagens evidentes em termos de desempenho e fiabilidade mas o custo torna-os inatingiveis para a maioria das pessoas